Elio Migliorança é cursilhista, empresário rural, professor aposentado, ex prefeito de Nova Santa Rosa/PR, ele gosta de viajar e tem muita história pra contar!

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Capítulo VIII B – Templo da Montanha em Chiang Mai

Um lugar sagrado, em qualquer lugar do mundo é lugar de respeito. Um BUDA negro? Isso existe? Quais os 4 elementos no Budismo. Com a palavra nosso especialista… Phil, o guia na Tailândia, conta esta história no vídeo a seguir.

CAPÍTULO V – MERCADO FLUTUANTE DEMNOEN SADUAK –BANGKOK -TAILÂNDIA

O Mercado Flutuante Damnoen Saduak é o mais antigo e tradicional da Tailândia.

Ele já foi um grande mercado local, mas com o passar dos anos e a grande procura dos turistas pelo lugar, os tailandeses perceberam que era mais rentável moldar o mercado flutuante para as necessidades do turismo do que o comércio de produtos para a população local.

O mercado Damnoen Saduak tem mais de 100 anos de idade, antes de sua criação, a cidade não tinha as centenas de canais que existem hoje, na época o então rei da Tailândia ordenou a criação de um canal principal de 32 quilômetros de extensão e mais de 200 canais secundários para facilitar o transporte de mercadoria na região e a irrigação das margens, ou seja, uma grande avenida e suas artérias.

E foi em um desses canais secundários que surgiu o Mercado Flutuante de Damnoen Saduak. Pelo seu tamanho, localização e variedade de produtos e cores, o Damnoen Saduak é o mercado flutuante mais famoso e mais visitado pelos viajantes.

Além disso, aparece em filmes como 007 contra o Homem com a Pistola de Ouro… Bem, vem comigo e sinta as emoções de estar em Bangkok, na Tailândia. Bom passeio.

Capitulo II – TAILÂNDIA – SUA HISTÓRIA E SEUS COSTUMES

Depois de 24 horas, sendo 20 no ar e 4 horas em escala, chegamos ao nosso primeiro objetivo: Conhecer a Tailândia, começando pela Capital.

A cidade de Bangkok foi instalada como capital em 1.782, portanto uma longa história. O país é uma monarquia mas quem governa é o 1º ministro. São 70 milhões de habitantes na Tailândia e 513.000 km2 de área.

Vamos lá conhecer a cidade através das fotos e vídeos a seguir. Bem-vindos.

A criação do Seminário Santo Américo em Nova Santa Rosa / PR – 2ª Parte

A fundação do seminário ocorreu no ano de 1970.

Os primeiros seminaristas moravam junto com o Pároco Dom Severino na casa paroquial. No ano seguinte começou a construção do prédio para o Seminário, construção que foi feita com recursos vindos do Mosteiro de São Paulo onde funcionava o Colégio Santo Américo, o qual existe até hoje.

Quando o Seminário começou, vieram seminaristas de toda a região, sendo que o numero de seminaristas era de 50 a 60 jovens, os quais residiam no Seminário mas frequentavam as aulas no então Ginásio Nova Santa Rosa, uma escola da comunidade que pertencia à Campanha Nacional de Escolas da Comunidade – CNEC.

A presença do Seminário representou muito na área educacional para a cidade.

Primeiro porque vieram para a cidade vários Padres que eram professores no Colégio em São Paulo, e aqui eles contribuíram atuando como professores em nosso Colégio melhorando assim o nível de nossa Escola.

Vale ressaltar aqui que o primeiro Padre a vir para cá e que foi o administrador da construção, também foi o primeiro Pároco da Paróquia era Dom Jean Severin Kögl, o primeiro Doutor a pisar esta terra pois ele era Doutor em História pela Sourbone de Paris. Junto com ele veio Dom Pedro Paulo Ther, mestre em História e mais tarde vieram outros que também atuaram como professores.

Além disso, houve um aumento significativo no número de alunos de nosso Colégio pois os seminaristas, como mencionado, estudavam no Colégio da CNEC.

Esta convivência com alunos de outros lugares, o bom nível de estudos dos seminaristas contribuiu muito para o aumento do nível de nosso Colégio.

Além das atividades no Colégio a atuação dos seminaristas nas atividades das Pastorais na comunidade, também contribuíram para o desenvolvimento religioso e cultural de nossos jovens.

O Seminário sempre foi um centro de referência cultural, estando sempre em sintonia com toda a sociedade.

Quando os seminaristas concluíam o ensino fundamental, eram enviados ao Colégio de São Paulo onde cursavam o Ensino Médio.

O Seminário funcionou até por volta do ano de 1986 quando então foi fechado e os Padres aqui residentes voltaram para o Seminário e Colégio na cidade de São Paulo.

Durante o período em que o Seminário Santo Américo foram inúmeros os Monges Beneditinos que aqui trabalharam. Eles administravam o Seminário e também atendiam a Paróquia Santa Rosa de Lima, que durante muitos anos tinha como capelas as comunidades de Santa Rita do Oeste no município de Terra Roxa, Maripá que era distrito de Palotina, Novo Três Passos no município de Mal.Cândido Rondon, Linha Brasil, Vila Cristal, Planalto do Oeste e Alto Santa Fé.

Os Padres Beneditinos que ao longo dos anos trabalharam aqui em Nova Santa Rosa foram Dom Severino Kögl, Dom Pedro Paulo Ther, Dom Aniano Urdombi, Dom Alexandre Linka, Dom Haroldo Passos Cordeio, Dom Veremundo Toth, Irmão Servácio Magyar, Irmão Matias Nilton Rodrigues de Minas.

A presença destes Padres marcou profundamente nossa comunidade, porque além do trabalho que faziam na Paróquia e no Seminário, participavam ativamente da vida social da comunidade e eram também professores no Ginásio Nova Santa Rosa e no Colégio Comercial Paulo Sarasate, onde o Dom Severino durante muitos anos foi Diretor além de professor.

Além do Seminário, também foi construída uma Capela no Seminário, em forma de navio e que atualmente pertence à Paróquia Santa Rosa de Lima.

O que aconteceu depois e qual o destino do prédio onde funcionou o Seminário depois do seu fechamento, isso é matéria para as próximas postagens!

Este é só o começo da história!

A criação do Seminário Santo Américo de Nova Santa Rosa/PR – 1ª Parte

Por que os Beneditinos vieram para Nova Santa Rosa?

O Mosteiro de São Geraldo de São Paulo foi fundado pelos padres beneditinos vindos da Hungria nos anos de 1951, data em que também foi criado o Colégio Santo Américo na cidade de São Paulo.

O Mosteiro era a casa dos Monges Beneditinos e o Colégio Santo Américo onde também estudavam os seminaristas, era aberto para toda a comunidade, considerado até hoje um dos melhores colégios de ensino fundamental e médio da Capital do Estado de São Paulo.

Durante os primeiros 20 anos de funcionamento na capital paulista, os monges beneditinos perceberam que era difícil conseguir novos padres já que quase não existiam interessados em ingressar no seminário e seguir a carreira sacerdotal.

Foi então que o Superior da Congregação Dom Veremundo Toth e os demais padres da congregação decidiram abrir um seminário no sul do Brasil para conseguir novos seminaristas e assim futuros sacerdotes.

Para esta missão foram enviados o Superior Dom Veremundo Toth e o padre Dom Severino Kögl para uma visita às Dioceses do Sul do Brasil para escolher um lugar onde fundar um seminário beneditino.

Porque os Beneditinos usam o título “Dom”?

 Antes de continuar a narrativa, convém esclarecer porque os beneditinos usam o título de “Dom”, enquanto os demais sacerdotes são denominados Padres.

Na idade média este título era usado para reis, príncipes e a nobreza em geral, e segundo relatado por Dom Severino, na idade média o rei da Hungria concedeu aos beneditinos o uso do titulo de Dom como gratidão pelos relevantes serviços prestados pela Congregação aos país e à educação dos jovens de então.

A escolha pela Diocese de Toledo/PR

Seguindo a narrativa, Dom Veremundo e Dom Severino visitaram praticamente todas as Dioceses do Sul do Brasil, ou seja do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Isto feito, voltaram para São Paulo onde relataram aos demais monges o que haviam visto e as propostas de cada Diocese.

Depois de muito refletir e analisar cada região visitada, escolheram a Diocese de Toledo e a Paróquia Santa Rosa de Lima, de Nova Santa Rosa para fundar um novo seminário, oportunidade em que nasceu o Seminário Santo Américo, em homenagem a Santo Américo um santo húngaro.

Os motivos para a escolha

Perguntado sobre os motivos da escolha desta região para o novo Seminário, o Dom Severino listou vários motivos para esta escolha.

Primeiro que o Bispo Diocesano Dom Armando Círio ofereceu aos Padres a Paróquia de Nova Santa Rosa para ser por eles administrada. Mas, o mais importante motivo foi que aqui residiam descendentes de migrantes europeus, principalmente os de origem alemã, que se identificam muito com a congregação, seus costumes e sua origem.

Um Histórico da Colonização do Oeste Paranaense

Na região Oeste do Paraná existia no século passado uma empresa denominada Companhia de Madeira del Alto Paraná, empresa de capital inglês, com sede em Buenos Aires. Seus proprietários foram os que iniciaram as negociações para a venda de uma área denominada Fazenda Britânia a um grupo industrial de Porto Alegre.

A compra foi efetivada no ano de 1946 por 15 mil contos de réis, com uma área de 110.000 alqueires paulistas. Entre esses gaúchos estavam homens que se tornaram muito conhecidos no Oeste do Paraná, entre outros destacaram-se Willy Barth, Alfredo Paschoal Ruaro, Alberto Dalcanale, Curt Bercht e seu irmão Egon Werner Bercht, bem como o advogado da colonizadora o Dr.Wilson Carlos Kuhn.

A área adquirida deu origem à colonizadora denominada “Industrial Madeireira e Colonizadora Rio Paraná S.A.” de onde surgiu a denominação Colonizadora MARIPÁ.

Após a aquisição a Colonizadora começou a fazer propaganda da área da colonizadora entre os agricultores do Rio Grande do Sul.

Uma caravana foi organizada pelos novos proprietários da terra. A colonização foi iniciada em 1954, na área do município de Nova Santa Rosa, sendo que os primeiros colonos se estabeleceram na área da atual cidade.

Entre eles estavam o primeiro Sub-Prefeito e Juiz de Paz Sr.Reimpoldo Schweig, Alfredo Hartwig que foi o 1º comerciante, Arnoldo Röpke o 1º carpinteiro, Erwin Eitel o 1º ferreiro, Guido Schneider o 1º Inspetor, Paulo Weiss abriu a 1ª funilaria, Roberto Waldow abriu a 1ª serraria, Theofilo Liebert abriu o 1º moinho, e ainda vieram Gustavo Modes, Leon Klais, Henrique Pietrowski, Augusto Bredlau, Gustavo Fischer entre outros, sendo que os primeiro chegaram em 1954 e alguns logo nos anos seguintes.

A maioria dos migrantes vinha para conhecer a região, ver as terras e comprar uma área para depois trazer a família. Há muitos relatos de alguns que vieram e primeiro construíram um pequeno rancho antes de trazer a família, enquanto outros vieram logo em seguida com a família e por um tempo moravam num barracão construído pela Colonizadora Maripa, vivendo ali o tempo suficiente para derrubar parte do mato e construir a moradia, de madeira e bem rustica para então ir com a família derrubar o mato e começar a cultivar a terra.

Tudo foi acontecendo num processo muito lento, os meios de transporte eram precários, não existiam ainda estradas e as dificuldades enfrentadas pelos migrantes eram muitas. O que existia muito forte era a solidariedade e o espírito comunitário.

Os colonizadores trouxeram consigo este espírito comunitário e também sua fé e tradições religiosas, sendo que a construção de uma igreja e de uma escola estavam entre as prioridades dos colonizadores, razão pela qual as Igrejas que existem em nossa cidade e as Escolas começaram suas histórias no período da colonização, na década de 1950.

Embora o primeiro ginásio criado no então distrito de Nova Santa Rosa só tenha ocorrido em 1964, a comunidade se organizou e logo foi criada a primeira escola primária dando assim oportunidade para os filhos estudarem, um valor precioso para os colonizadores que traziam consigo a tradição e a cultura dos antepassados vindos da Europa para o Brasil.

Abaixo temos a imagem de um cartaz de propaganda da Colonizadora anunciando as novas terras que estavam disponíveis no Oeste do Paraná, cartaz este que era distribuído entre os colonos no Rio Grande do Sul.

Cartaz de divulgação das terras de Toledo-PR – Fazenda Britania – 1946

O original está no Museu Histórico Willy Barth em Toledo.

Há detalhes interessantes no cartaz, um deles que chama a atenção é a ênfase que se dá às terras livres de morros, pedras e formigas, destacando também a abundância de água, clima saudável e terras férteis com facilidade no escoamento dos produtos, certamente fatores que eram mais escassos nas regiões do Rio Grande do Sul de onde vieram os pioneiros colonizadores. É interessante também a forma como termina o cartaz da propaganda: Fazenda Britânia, que hoje é o paraíso dos caçadores e amanhã uma flor da Agricultura Brasileira. Nós somos testemunhas de que este “amanhã” chegou.