No dia 17 deixamos a cidade de FES e vamos para o extremo norte do país, para a cidade de Tânger. No caminho vamos fazer a visita a uma cidade única aqui no Marrocos e quiçá no mundo, a cidade Azul. Vamos percorrendo o vale da Cordilheira do RIF, uma região montanhosa do Norte do Marrocos e que termina na cidade de Tânger.
A cidade azul chama-se CHEFCHAOUEN, fundada no século XV como um assentamento de refugiados judeus e com o objetivo de conter o avanço dos portugueses no Marrocos.
A pergunta que não quer calar: porque a cidade foi pintada de azul?
A teoria mais aceita é de que, durante a Inquisição Espanhola, logo após a fundação da cidade no século XV, vários judeus sefarditas migraram para lá, e como costume judaico, pintaram a área em que habitavam de azul, pois a cor remete ao céu, e consequentemente, ao divino. Se pararmos para pensar, azul é uma cor bem comum no judaísmo, vide a bandeira de Israel. Além disso, naquela época a região seria infestada por mosquitos, e os árabes, ao verem que na área judaica da cidade os mosquitos não permaneciam, resolveram copiar e pintar todo o resto de azul. Isso se deve ao fato dos mosquitos associarem a cor à água, pois os insetos gostam de estar perto dela, mas não dentro dela. Não acho essa parte muito lógica não, até porque eu não duvido que mosquitos possam enxergar cor.
Se a cor afasta ou não os mosquitos não se sabe, mas certamente a cidade azul atrai outro tipo de enxame – de turistas – que garantem que a tradição perdure, pois asseguram o movimento na economia local.
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