Elio Migliorança é cursilhista, empresário rural, professor aposentado, ex prefeito de Nova Santa Rosa/PR, ele gosta de viajar e tem muita história pra contar!

Mês: setembro 2023

Marrocos e Tunísia – A Cidade de FES no Marrocos

Estamos na cidade de FES, no Marrocos, a badalada cidade dos artistas e da ativista feminina Fatima Mernissi. A cidade de FES, a mais antiga capital do Marrocos, foi fundada no ano 808 d.C por muçulmanos, judeus e Mouriscos que foram expulsos da Espanha pela rainha Isabel de Castela, no tempo da inquisição, quando o cidadão se convertia ao cristianismo, fugia ou era morto. O cemitério fica na entrada da Medina. Medina é toda a área habitada ao redor da Mesquita. Mesquita é o templo ou Igreja muçulmana. Segundo nosso guia, o cemitério fica do outro lado da rua, e aqui saúdam os mortos dizendo: “hoje vocês estão ali e nós aqui, mas um dia também estaremos aí”.

Nossa primeira visita é na Universidade de FES, fundada no século IX d.C sendo a mais antiga do mundo. Dentro da Medina de FES moram 450.000 pessoas, mas toda a cidade de FES tem 2.000.000 de habitantes. Na Universidade de FES estudam 24.100 estudantes. Quando um estudante se forma, precisa prestar dois anos de serviço à sociedade, na sua profissão, com um salário mensal de 130 dólares.

Destaque especial para a socióloga Fatema Mernissi, ativista em favor dos direitos das mulheres muçulmanas, nascida em FES. Foi uma das primeiras representantes da segunda onda do feminismo islâmico.

Agora visitamos o que aqui se chama de “madrasta” uma casa de estudantes onde os estudantes vindos do interior ou de outros países podiam morar para frequentar a universidade. Havia quartos de 2 qualidades, os melhores reservados para os estudantes eu tivessem melhor desempenho. Há aqui muitas atividades artesanais e artísticas. Foi nesta cidade que uma parte da novela O Clone, da rede Globo de TV foi gravada.

Um aviso importante aos viajantes, nos alertaram muito aqui sobre a existência de “pianistas”… mas não aqueles músicos e sim os batedores de carteira que são muito sorrateiros e espertos em subtrair objetos alheios. Com o nosso grupo felizmente não aconteceu nada, pois todos tiveram muito cuidado com suas coisas.

Nas fotos a seguir, imagens e informações sobre nossa passagem por esta encantadora cidade.

Marrocos e Tunísia – 3° dia – De Rabat para Fes: Uma riqueza sem fim

A nossa viagem está num ritmo acelerado porque o nosso desafio é conhecer um país em menos de uma semana. Então saímos de RABAT, a capital do Marrocos para a cidade de FES, os nomes são estranhos para nós e vamos tendo um pouco de dificuldades para assimilá-los afinal são todos nomes de origem árabe, todos eles com uma origem e um significado que faz sentido quando nos contam suas tradições.

Rabat é uma capital com largas ruas, construções padronizadas e com muita iluminação. Foi especialmente preparada pelos franceses para ser a capital onde fosse mais fácil o controle da população. Isso por uma razão lógica: os franceses eram os dominadores e havia muita pressão e ataques a soldados e cidadãos franceses para tentar acabar com o domínio. Por isso os franceses fizeram uma capital para facilitar o controle de tudo. A parte antiga foi mantida como se viu nas postagens anteriores, mas a parte nova foi sendo construída conforme o interesse francês. É por isso que Rabat a capital foi estruturada e construída desta forma. O interesse final era proteger os franceses de ataques e facilitar o controle para não perder o domínio.

Há um prédio em Rabat que chama a atenção: em formato de dedo, nele foi aplicada toda a moderna engenharia tanto na área de iluminação quanto do desafio arquitetônico pelas suas linhas arrojadas e modernas.

Estamos indo para a cidade de FES hoje a cidade dos artistas e intelectuais do Marrocos. No caminho tivemos mais um contato com a produção agrícola do Marrocos e visitamos ruínas, do tempo dos romanos, Nestas ruínas é que foi filmado O GLADIADOR. No final do dia chegamos ao nosso destino, a cidade dos artistas e intelectuais, a cidade de FES.

Bem-vindos a esta viagem de lazer, estudo e conhecimento. Acompanhe-nos nas fotos a seguir.

Marrocos e Tunísia – 2° dia – Casablanca e suas riquezas

Saímos cedo pois pretendemos conhecer um país em uma semana. Verdade que não poderemos ir para o Sul na região de Marrakech onde ocorreu o terremoto, mesmo assim há muitas riquezas culturas pois estamos falando de um país localizado num ponto estratégico do Mar Mediterrâneo, cujas terras já eram habitadas há mais de 2.000 anos.

Mais uma vez nosso guia dá um destaque à dominação Francesa por 44 anos. O ponto negativo é a perda de algumas tradições e valores dos antigos habitantes. Contudo há mais fatores positivos que negativos. Os franceses é verdade que levaram muitas riquezas do Marrocos, consideremos que 70% dos fosfatos do mundo estão no Marrocos e nós sabemos o que eles representam para a agricultura. Porém a infraestrutura implantada no país e a integração do Marrocos no comércio mundial através da França somados à sua posição estratégica no Atlântico e no Mediterrâneo, ajudaram a projetar o País e a construir um desenvolvimento importante para o seu futuro.

Hoje se faz um trabalho na área educacional e cultural para resgatar esta identidade árabe e se aproveita a integração mundial para desenvolver cada vez mais o país. Há um TGV (trem de grande velocidade) que lida a cidade de Casablanca com a Capital Rabat, o qual viaja a 300km por hora.

Nas fotos a seguir nosso passeio final em Casablanca e depois nossa viagem para a Capital do País , RABAT.

Marrocos e Tunísia – 1° dia na Terra da Magia

Nos despedimos de Paris e chegamos ao MARROCOS às 22hs, iniciando então o desembaraço de bagagem no Aeroporto, passagem pela alfândega e Polícia de Imigração para o carimbo de entrada no País. Nossa viagem é organizada pela TRANSGIRO, muito bem organizada por sinal, de forma que ao sairmos do aeroporto o ônibus já está à nossa espera, para nos levar ao hotel.

Estamos na cidade de CASABLANCA, a capital financeira do país, cidade com 7 milhões de habitantes. A moeda aqui é o Dirham, sendo que com 1 real se compram 2 Dirhams. Mas não pense em trazer reais, a moeda para este tipo de viagem é Euro ou Dólar. Aqui até fazem mais questão do Euro devido à proximidade com a Europa e pelo fato de terem sido dominados pelos franceses de 1912 a 1956. Portanto nesses 44 anos os franceses governaram aqui, e por isso a cultura francesa é muito forte aqui, sendo inclusive uma das línguas oficiais do País. Aqui se fala tanto francês quanto árabe.
O País tem 446.500km2, sendo um pouco maior que o Paraguai e está situado ao Norte da África, sendo banhado pelos dois mais importantes mares do mundo: o atlântico e o mediterrâneo.

Chegamos ao hotel, um jantar de boas vindas e descansar para amanhecer com disposição para conhecer esta pérola africana, a terra das lendas e da magia.

Bem-vindos à Africa.

No dia seguinte começou nosso tour pela cidade, guiados pelo Abddouahed – um marroquino que fala muito bem o português, e pelo motorista Abderrahim, marroquino residente na cidade de Marrakech, onde ocorreu o terremoto.

Vamos então para o tour pela cidade de Casablanca.

CASABLANCA  é uma cidade muito moderna, bonita, bem planejada, mas mantem inalteradas suas tradições árabes e muçulmanas, porém sem discriminar ou oprimir pessoas de outras raças ou crenças religiosas.

Nas fotos a seguir, nosso primeiro dia de Tour pela cidade.

Marrocos e Tunísia – 1º Dia – PARTIU… PARIS É SEMPRE UMA BOA IDÉIA!

Nossa viagem começou. Estamos no ar, parte mais desafiadora. Voar é encantador, mas tem seus desafios. Se vais viajar, conte com isso. Para chegar à Europa são 12 horas em média, confinado numa poltrona. Mas… vale a pena. Nosso vôo começou em Foz do Iguaçu para Guarulhos em São Paulo. Até aqui é tranquilo. Se você vai para uma viagem internacional, prepare-se com muita antecedência. Antigamente você comprava a passagem, apresentava-se no balcão da Cia. Aérea eles faziam tudo. Agora você vai a um terminal, e não são muitos, enfrentará uma fila, terá que emitir a etiqueta para a sua mala e emitir o seu próprio cartão de embarque. Se tiver sorte o terminal funciona. E ali todos estão com pressa, nem sempre você encontra quem te ajuda. Conhecimento básico de informática é indispensável, caso contrário você não viaja. Vencidos todos os desafios da emissão dos tickets, você vai pra outra fila, onde entregará sua mala, receberá “ok” da Cia.Aérea e vai para o próximo desafio. A fila da fiscalização para embarque. Líquidos e objetos pontiagudos de metal são proibidos. Terá que desfazer-se deles. Vencidos todos os obstáculos, é só ter paciência para esperar o momento mágico: embarquei. Lá vamos nós!

Nosso voo foi Air France, num Airbus A-350. Carrega em torno de 300 a 350 almas. Tivemos um tratamento muito bom a bordo por parte da tribulação. Voo muito tranquilo, porém com os desafios normais de um voo longo e você sentado numa estreita poltrona por 12 horas. Há um outro desafio que é o de adaptar-se ao fuso horário. Como a diferença de horário entre o Brasil e a França é de 5 horas, você estará jantando as 5 horas da tarde no avião e tomando café da manhã à 1:30 horas porque no aeroporto de chegada já são 6:30 da manhã. Sair as 4 da tarde e chegar as 7 da manhã do outro dia, voando somente 12 horas é porque neste horário você deve acrescentar as 5 horas do fuso horário.

Tudo isso é suportável pela alegria de enfim chegar ao seu destino e começar a desfrutar de um rico e precioso aprendizado.

Bem-vindo à França! Começamos nosso dia desembaraçando nossa saída do Aeroporto onde tomamos transporte público, ou seja trem e Metrô para ir ao centro da cidade, que não é perto. Um francês sentado ao meu lado durante o vôo, quando soube que iríamos passear na cidade, foi incisivo: CUIDADO com os “pipoquétes” , ou seja com os batedores de carteira. Não vão enfrentar vcs com armas mas com a mão leve e pode levar o seu dinheiro. Inacreditável. Aconteceu com alguém do nosso grupo. Foram roubados 600 dólares. A habilidade foi tal que deixou a todos surpresos. Não vou detalhar, apenas vou repetir: se vai a Paris… cuidado com os, aqui no caso foram “as pipoquétes”.

Fora isso é curtir e aproveitar o encanto da magia de Paris!
Nas Fotos abaixo você curte o nosso maravilhoso passeio, clique na 1° foto, e depois é só ir passando, assim viajamos juntos!

Resumo da História da Criação do Colégio Gaspar Dutra

Quando Nova Santa Rosa tornou-se município em 1977, existia apenas uma Escola de Ensino Fundamental e Médio na cidade, e esta escola era particular, pertencia à Campanha Nacional de Escolas da Comunidade – CNEC.

            Embora a CNEC fosse uma entidade filantropia, isto é, sem fins lucrativos, mesmo assim cobrava mensalidade dos alunos para a manutenção da Escola, criando desta forma dificuldades para muitas pessoas que não tinham condições de pagar para seus filhos estudarem.

            Com a instalação do município, a cobrança por uma escola pública foi cada vez  maior, cobrança de certa forma fundamentada em lei que previa a existência de uma escola pública em cada município do Estado.

            Foi assim que começaram os entendimentos para que fosse criada uma escola estadual. Haviam muitas dificuldades pois existia um acordo entre a Secretaria de Estado da Educação e a CNEC no sentido de que onde existisse uma escola da CNEC a SEED não criaria uma escola estadual.

            As diversas audiências do então Prefeito Armindo Fischer com o Secretário de Estado da Educação sempre esbarravam na mesma exigência: um documento da CNEC autorizando a SEED a criar a Escola Estadual.

            Sucessivas reuniões foram feitas com as lideranças locais, até que foi decidido procurar o Presidente Estadual da CNEC e sensibilizá-lo a autorizar a criação da Escola Estadual. É bom salientar que a resistência da CNEC na concessão de tal documento estava amparado no fato de que criando uma Escola Estadual automaticamente fecharia a Escola da  CNEC.

            Foi assim que no mês de novembro de 1978, o Prefeito Armindo Fischer, o Presidente da CNEC local Gustavo Fischer, o Diretor do Colégio da CNEC Prof. Elio Migliorança e o Deputado Estadual Egon Pudell, de Toledo, empreenderam viagem a Curitiba, para uma audiência com o Deputado Federal Arnaldo Busato, Presidente da CNEC Estadual e posteriormente uma audiência com o Prof. Edson Machado de Souza, Secretário Estadual da Educação.

            Na reunião com o Presidente da CNEC Deputado Federal Arnaldo Busato, ficou bem claro para todos que a criação da Escola Estadual significaria o fim da Escola Cenecista, fato lamentado por todos porque a escola tinha bom nível e havia um bom aproveitamento dos estudos por parte dos alunos.

            Há inclusive uma frase do Presidente Arnaldo Busato dizendo que ele como Presidente da CNEC jamais podia decretar o fechamento da escola, o que aconteceria com a criação da Escola Estadual, mas que dada a sua grande amizade com as pessoas integrantes da comissão e o grande amor que tinha por Nova Santa Rosa, não tinha como negar tal autorização. Ato contínuo foi marcada para o mesmo dia uma audiência com o Secretário de Educação do Estado, ocasião em que foi comunicado do fato e em conseqüência disso o mesmo garantiu que mandaria efetuar os levantamentos necessários para a criação da Escola Estadual, de 1ª até a 8ª séries.

            Semanas depois, tendo sido feito o estudo, foi então autorizado o funcionamento da Escola Estadual, com processo de implantação gradativa, sendo que a partir de 1979 começaria a funcionar a 1ª, 2ª e 5ª séries, e a cada ano seria criada uma nova série até a implantação total da Escola. Assim em 1980 foi implantada a 3ª e 6ª, em 1981 a 4ª e a 7ª e em 1982 a 8ª série. Na mesma proporção em que se criava a Escola Estadual, foram sendo desativadas as séries correspondentes na Escola da CNEC.